quinta-feira, 31 de outubro de 2013

success


e não é verdade? 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

não quero se incrível


eu falei mal da auto-ajuda, dos seus livros, das pessoas otimistas e que andam sempre de cabeça erguida.

na verdade eu era uma poser-pseudo-intelectual que fazia o tipo "sou inteligente demais para ler isso". mas, ainda bem que o tempo passa e você aprende a encarar a vida com mais leveza. aprende a diferenciar um livro ruim do augusto cury com atitude positiva diante do cotidiano.

por que só ler os livros clássicos? às vezes a felicidade se transverte em uma bridget jones, um seriado popular estilo novelão ou numa música ruim, mas alegre.

Imagem Fábio Maca

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O que eu quero ainda não tem nome.


Essa semana li esse texto do Think Olga sobre como tricotar pode ser algo libertador.

“Houve um movimento de conquista do mercado de trabalho e de independência financeira feminina cujo resultado foi o abandono (total ou parcial) dos trabalhos domésticos. Nos focamos no fator negativo de ser “dona de casa” e esquecemos de enxergar a liberdade existente nas nossas artes manuais.”

Confesso que desconheço o lado libertador das artes manuais e tão pouco tricotei.
Acredito que em um primeiro momento das lutas feministas recusar esse tipo atividade, embora um ato extremo,  era um simbolismo de libertação. E como todo simbolismo naquele período teve sua importância.

Mas, talvez só agora estejamos perto de “algo libertador”. É na escolha de realizar qualquer tarefa que reside a liberdade. 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Rita Apoena

(Foto Rita Apoena)

 "Não é que o mundo seja só ruim e triste. É que as pequenas notícias não saem nos grandes jornais. Quando uma pena flutua no ar por oito segundos ou a menina abraça o seu grande amigo, nenhum jornalista escreve a respeito. Só os poetas o fazem." Rita Apoena

Eu tinha dezesseis anos quando encontrei um poema da Rita Apoena numa comunidade do Orkut. Fiquei apaixonadíssima pelos textos dela. A poesia da Rita é simples, cheia de ternura e esperança.
Na época ela escrevia um blog chamado Jornal das Pequenas Coisas. Infelizmente o blog foi excluído, em 2009 reencontrei a autora no twitter, mas que também foi excluído. Hoje não conheço nenhuma página que seja mantida por ela.
Por sorte existem muitos fragmentos e citações espalhados por blogs e tumblrs  Já li que ela estava preparando um livro, mas não consegui confirmar a informação.
Só sei que ficaria extremamente feliz com um livro da Rita ou um novo blog com textos inéditos.

“Mariana lambeu as lágrimas que escorriam, 
manchando a língua de tristezas, 
Quando o vazio é muito grande,
as lágrimas são transparentes”.

"Instruções para se apaixonar 
Encha o peito com mais de trezentos suspiros,
quando estiver bem levinho,
solte as amarras
e flutue."

"Sim, eu sei. 
Pode parecer maluquice, 
mas eu vou mesmo desparafusá-las 
e arremessá-las no jardim. 
Mesmo que elas não possam voar, 
ficarão entre as flores, 
o devido lugar de borboletas paralíticas. 
Não suporto mais essa idéia de abrir a janela, 
levantar os vidros e vê-las ali, 
disfarçadas de dobradiças."

"— E você, por que desvia o olhar?
(Porque eu tenho medo de altura. Tenho medo de cair para dentro de você. Há nos seus olhos castanhos certos desenhos que me lembram montanhas, cordilheiras vistas do alto, em miniatura. Então, eu desvio os meus olhos para amarra-los em qualquer pedra no chão e me salvar do amor. Mas, hoje, não encontraram pedra. Encontraram flor. E eu me agarrei às pétalas o mais que pude, sem sequer perceber que estava plantada num desses abismos, dentro dos seus olhos.)
— Ah. Porque eu sou tímida."

"Mas a poeira é só a vontade que o chão tem de voar."

Quando eu saí de uma importante depressão, eu disse a mim mesma que o mundo no qual eu acreditava deveria existir em algum lugar do planeta. Nem se fosse apenas dentro de mim... Mesmo se ele não existisse em canto algum, se eu, pelo menos, pudesse construi-lo em mim, como um templo das coisas mais bonitas em que eu acredito, o mundo seria sim bonito e doce, o mundo seria cheio de amor, e eu nunca mais ficaria doente. E, nesse mundo, ninguém precisa trocar amor por coisa alguma porque ele brota sozinho entre os dedos da mão e se alimenta do respirar, do contemplar o céu, do fechar os olhos na ventania e abrir os braços antes da chuva. Nesse mundo, as pessoas nunca se abandonam. Elas nunca vão embora porque a gente não foi um bom menino. Ou porque a gente ficou com os braços tão fraquinhos que não consegue mais abraçar e estar perto. Mesmo quando o outro vai embora, a gente não vai. A gente fica e faz um jardim, qualquer coisa para ocupar o tempo, um banco de almofadas coloridas, e pede aos passarinhos não sujarem ali porque aquele é o banco do nosso amor, do nosso grande amigo. Para que ele saiba que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a não sei quantos anos, ele pode simplesmente voltar, sem mais explicações, para olhar o céu de mãos dadas"
Rita Apoena

domingo, 17 de março de 2013

Persépolis




Primeiro livro em quadrinhos que li e acho que comecei bem.

Persépolis é lindo. O livro é a narrativa autobiografia de Marjane Satrapi. Uma iraniana que viveu no período da revolução islâmica em 1979. De família moderna e politizada, aos 10 anos se vê obrigada ao usar véu para ir ao colégio. Essa era só uma das mudanças que Marji sofreria. A autora traça sua própria história com a do seu país. 

Quando criança deseja ser a próxima profeta, consegue achar semelhanças entre Deus e Marx. Satrapi apresenta uma perspectiva interessante da sua própria cultura, como conviveu com as perdas e restrições. Como ser mulher num local predominantemente machista.

O período que mais gostei é o que ela passa na Áustria durante a adolescência. Onde precisa se estabelecer como uma iraniana que sofreu com a guerra, mas que também enfrenta todos os problemas comuns da idade. 

O livro foi escrito em quatro volumes que a Companhia da Letras compilou em um único. 

A história é contada de forma envolvente, divertida e bem humorada. As cenas e o desenho são simples todo em preto e branco. Eu gostei muito dessa experiência. E gostaria de encontrar outras histórias tão apaixonantes como a da Marjane Satrapi.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

sobre apreço e enjoo


Descobri por que enjoo das coisas que gosto tão facilmente, é que tenho mania de apreciação. Sabe aquela música ótima, um texto inspirador, uma foto bonita. Apego-me a eles em todos os instantes, consumo, devoro e  descarto. 

Quero conhecer todas as palavras, as dissonâncias, as paradas na música. E aquele encanto estupendo que permeou minha mente nos primeiros dias vai perdendo a graça. Mas antes que pareça que tenho gostos superficiais ou temporais. Deixo claro que o meu amor continua só que agora meio de canto. Ele de lá e eu de cá. Convivendo tranquilamente. Sei que sempre vai ter algo a ser descoberto, só que agora trata-se de uma questão de tempo. Tempo de respirar, tempo de olheiras, tempo de outros livros, que me encaminharão para uma nova descoberta sobre o meu objeto de muita estima.

É aquela velha história de assistir o mesmo filme e ver algo novo e instigante.  Meu enjoo também é temporário, e se o caso a ser estudado me tomar o coração vai ser sempre um eterno redescobrir. Porque acredito que as coisas que realmente valem à pena sempre se ressignificam. São as novas portas, sempre prontas a serem abertas.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A felicidade é...


O que é a felicidade? Falar com um estranho, uma nova comida, um banho de espuma? O projeto Felicidário apresentará durante todo ano 365 definições de felicidade para maiores de 65 (e para todos nós também). Funciona como um calendário e também dicionário com uma ilustração super bacana a cada dia.