domingo, 18 de maio de 2014

aleatoridades

Eu leio horóscopo como quem lê biscoitos da sorte. Os textos são sempre vagos, tentam ser profundos e com um tom de solenidade. Mas eu gosto de conselhos, não que eu vá segui-los. Gosto também das frases nos sachês do chá.

Na época da faculdade como fazia frio na cidade que morava tomar chá era um ritual perto da hora de dormir meio sem nada pra fazer. Pegava um pacotinho de sachê aleatório e pensava que "grande" conselho estaria reservado. Outra época alguém me disse que o Livro de Provérbios (da bíblia) tinha 31 provérbios um para cada dia do mês. Por algum tempo eu li, mas geralmente esquecia e nunca completei o mês inteiro.

Talvez eu goste de pensar que existe algo bom na aleatoriedade. Faz com que eu dê menos valor aos acontecimentos. Como um trecho que gosto em 500 dias com ela “você não pode atribuir um significado cósmico a um simples evento terreno. Coincidência. É o que tudo é. Nada mais que coincidência.” 

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